A cerca de 100 Km de Cuiabá está localizado o município de Poconé, descoberto por Luiz de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres, a cidade completa hoje, 21 de janeiro de 2021, 241 anos de uma história que se iniciou em 1781. 

Com forte influência de comunidades indígenas que habitavam a região, o município aniversariante já recebeu diversos nomes que vão de Beripoconé, Villa de Poconé, para a então Poconé, como conhecemos hoje. 

Com sua rodovia transpantaneira, que é sinônimo de biodiversidade, Poconé abriga a maior planície alagável do mundo,  que é rico também fauna e flora, afinal de contas e no Pantanal de Poconé que espécies de peixes, aves, mamíferos e répteis podem ser encontrados com facilidade. 

Mas para além das belezas naturais de uma das portas de entrada para o Pantanal mato-grossense, Poconé é rico em cultura. Já que é neste município que a fé e a religiosidade é celebrada diversas vezes por ano, seja nas festas do Divino Espírito Santo, Santo Antônio, São João ou nas festas da padroeira do município, Nossa Senhora do Rosário. 

Mas é as festividades de São Benedito, que cabe um destaque especial, pois é durante essa tradicional manifestação religiosa que A capital do Pantanal explode em tradições capazes de unir gerações, seja para dançar o típico  rasqueado, lambadão, siriri e cururu mato-grossense ou para prestigiar a Dança dos Mascarados, que marca união entre a miscigenação das tradições indígenas, africanas e europeias, com o intuito de enaltecer, através da trança de fita presente na coreografia com homens vestidos com roupas de chitão, chapéus e máscaras, o folclore de Poconé. 

A festa de São Benedito também é o período para a celebração da Cavalhada, como  é popularmente conhecida a encenação anual da batalha entre os os Mouros e Cristãos, após o sequestro da Rainha Moura. A solenidade que inicia-se às 8 horas e termina ao anoitecer, apresenta  a rainha, os cavaleiros e  os soldados, todos ornamentados com trajes coloridos e tradicionais. 

Hoje, conhecida como a capital do Pantanal, Poconé ostenta em seus 241 anos, as suas características naturais pantaneiras ao mesmo tempo em que celebra as tradições culturais que transformam a pequena cidade no interior do estado em um destino rico em diversidade.

Imagem por: Nobutaka